Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

CRÍTICA À IMAGEM AGOSTINIANA DA LINGUAGEM NAS INVESTIGAÇÕES FILOSÓFICAS DE LUDWIG WITTGENSTEIN.

Área: Filosofia,Teologia
Orientador: André Leclerc
Autor Principal: Antônio Adriano de Menezes Bittencourt
Co-Autores:
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 14:00  Sala: 12  Local: Física Bloco:924
Identificação: 2.1.19.006
Resumo:
O presente resumo evidencia as observações de Ludwig Wittgenstein acerca da função da linguagem de acordo com a concepção da mesma por Santo Agostinho. Para Agostinho, o homem possui uma essência privada (private essence) carente de comunicação, entretanto, naquela existem pensamentos, desejos etc. Esta essência privada ao “ligar-se” ao mundo físico produz a linguagem e, neste sentido, para Agostinho, o entendimento (ou a relação linguagem-mundo) verifica-se na conexão apropriada que a mente faz entre o som e o objeto que este som designa (ou significa). Nesta perspectiva, observamos que, de acordo com Wittgenstein, Agostinho apresenta a linguagem como um sistema de signos onde cada signo possui relação a um objeto. Entretanto, segundo Wittgenstein, a tese de Agostinho falha ao levar em consideração somente substantivos (mesa, cadeira e pão) além de nomes de pessoas. Além do mais, Agostinho tinha a pretensão de derivar uma forma universal de representação acerca do funcionamento da linguagem partindo da simples associação de uma palavra a um objeto. A partir destas considerações, Wittgenstein esboçará sua crítica acusando os erros da interpretação agostiniana. Tal crítica consiste em denunciar as seguintes teses: 1) cada palavra individual tem um significado (o que é falso, pois os sincategóremas não têm significado isoladamente); 2) todas as palavras são nomes e cada uma designa um objeto; 3) o significado de uma palavra é o objeto que ele substitui; 4) pela definição ostensiva temos a conexão palavra-objeto, onde aquela “cria” uma associação mental entre palavra e objeto; 5) frases são combinações de nomes; em conseqüência disso, a única função da linguagem é representar a realidade (as palavras – nomes) que se referem e as frases descrevem.