Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

Juventude, mídia e sexualidade: uma análise qualitativa das relações entre sexualidade e mídia com jovens de Fortaleza

Área: Psicologia
Orientador: Luciana Lobo Miranda
Autor Principal: Paula Brígido Rodrigues
Co-Autores: Mauro Michel El Khouri
Iago Cavalcante Araújo
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 11:00  Sala: 01  Local: Didático do CC - Bloco:951, Térreo
Identificação: 2.1.31.005
Resumo:
Atualmente não se pode pensar em produção de subjetividade sem se ressaltar a participação da mídia nesse processo. Esta, como grande vetor de comunicação, vem conquistando espaço no que se refere à interação entre os jovens. Ao suscitar o debate sobre sexualidade, a mídia convoca a juventude não só a mostrar o corpo, mas a falar de si, tornando públicas questões íntimas e, com isso, promovendo novas formas de se constituírem como sujeitos. O objetivo desta pesquisa é analisar as relações existentes entre mídia e sexualidade juvenil, bem como investigar a apropriação da mídia pelo jovem. Esse trabalho desenvolveu-se a partir da pesquisa intitulada %u201CAdolescência e Juventude: situação de risco e redes de proteção na cidade de Fortaleza%u201D, que pretende replicar o estudo de âmbito nacional %u201CJuventude Brasileira: comportamentos de risco, fatores de risco e proteção%u201D. A coleta de dados foi realizada através de questionários aplicados coletivamente, sendo sua análise quantitativa-qualitativa. A amostra compreendeu 100 jovens, 45% do sexo masculino e 55% do sexo feminino, entre 14 e 17 anos de idade, de 5 escolas estaduais e municipais da rede pública de ensino da cidade de Fortaleza. Com base nos resultados parciais, constatamos que a mídia ocupa lugar expressivo no lazer, e a televisão surge como principal meio de acesso dos jovens às informações acerca da sexualidade, seguida de amigos; jornais, revistas e livros; escola; internet. Entres os que têm acesso à internet, muitos a utilizam para produção de trabalhos escolares (87,9) e, no entanto, o acesso a partir da escola é baixo (8,2 %) ao contrário da lan house, maior fonte de acesso (65,7 %). Observamos também que 51,6% dos jovens já se envolveram em algum tipo de produção de mídia, com destaque para o vídeo. Ao considerarmos a mídia também como uma forma de educar, podemos concluir que a participação dos jovens nesse processo os coloca, acima de tudo, como produtores de conhecimento e aprendizado.