| Os fatores de estresses abióticos são responsáveis pela perda de produção agrícola no mundo inteiro especialmente nas regiões semi-áridas. Esses fatores, isoladamente ou em combinação, causam distúrbios intensos no metabolismo vegetal acarretando diminuição no crescimento. O presente projeto irá testar a hipótese de que as espécies adaptadas às condições do semi-árido do nordeste do Brasil possuem um mecanismo antioxidativo eficiente de proteção contra as espécies reativas de oxigênio geradas por essas condições ambientais estressantes. Para isso, escolheu-se o cajueiro como modelo pela sua excelente adaptação na região nordeste. Os experimentos serão conduzidos sob condições controladas de temperatura, luminosidade, umidade e de restrição hídrica e de salinidade. Pretende-se conduzir três experimentos independentes, todos num esquema fatorial 2X2, analisando-se os efeitos individuais e combinados de seca, salinidade, temperatura elevada e alta intensidade de radiação, perfazendo as seguintes combinações: seca x temperatura, salinidade x temperatura, luminosidade x temperatura, além dos efeitos isolados dos respectivos fatores abióticos. Como fonte primária de EROs, será analisado os danos causados no sistema fotoquímico de folhas de cajueiro, através da mensuração de parâmetros ligados com a fluorescência da clorofila a. Os danos oxidativos serão avaliados através da peroxidação de lipídeos, oxidação de proteínas e concentração de peróxido de hidrogênio nos tecidos. A proteção oxidativa será avaliada a partir das atividades enzimas: CAT, SOD, APX, DHAR, MDHAR e GR, incluindo as atividades das principais isoformas de cada uma. Como outro mecanismo importante de proteção será avaliada a expressão gênica de CAT, SOD e APX através de seus respectivos mRNAs por meio da técnica de RT-PCR. Adicionalmente, será avaliada a proteção não-enzimática através do balanço redox dos antioxidantes vegetais mais importantes: ascobato e glutationa. |