Em 1874, os intelectuais da Academia Francesa, nomes como Tristão de Alencar Araripe e Thomás Pompeu Filho, criaram um espaço destinado à instrução de “pobres e operários” de Fortaleza, um local de sociabilidades denominado Escola Popular. Através de conferências públicas, os intelectuais discutiam variados temas vigentes no final do século XIX como a “Soberania Popular” e “Liberdade Religiosa”.
Nestas conferências os intelectuais expunham ideias como o positivismo, o cientificismo, o progresso. As conferências eram preparadas pelos seus respectivos defensores e depois tornavam-se públicas através da leitura na Tribuna da Escola Popular.
Esta comunicação trata destas conferências enfatizando o trabalho de pesquisa, mapeamento e análise das conferências extraídas de fontes hemerográficas, em especial os jornais A Fraternidade e O Cearense, localizados no setor de microfilmagem Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel.
Percebe-se que a imprensa foi fundamental para a divulgação das ideias presentes em Fortaleza no final do XIX e ainda para definição do lugar social do intelectual cearense.
Constatamos ainda que a publicação das conferências no Jornal A Fraternidade, que possuía cunho maçônico, gerou conflitos com a Igreja Católica que também utilizou a imprensa, o Jornal Tribuna Católica, para combater as ideias consideradas perigosas.
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