| A América Latina passou por uma série de acontecimentos que impactaram seu crescimento econômico e o comportamento de algumas variáveis macroeconômicas. Esta pesquisa destina-se a examinar algumas variáveis que contribuíram para a ineficiência técnica do conjunto de países estudados. Para isso, estimou-se uma fronteira estocástica na forma funcional de uma translog, com efeitos de ineficiência técnica. A estimação foi realizada para um painel de dados de 19 países, no período de 1960 a 2000. Como variáveis da fronteira, utilizou-se o Produto Interno Bruto, estoque de Capital Físico e Trabalho de cada um dos países, no período amostral. A ineficiência técnica foi modelada por um vetor de variáveis explicativas, abrangendo: tendência, gastos correntes do governo, DPPP (desvio do nível de preços local em relação à paridade do poder de compra), taxa de inflação, grau de abertura econômica (medido pelo valor da soma de importações e exportações em relação ao produto interno bruto de cada país) e estoque de capital humano. A estimação foi feita utilizando o software econométrico STATA 9.0. A partir dos resultados obtidos foi possível identificar as fontes de ineficiência técnica. Encontrou-se que os gastos correntes do governo, a taxa de inflação explicaram o aumento da ineficiência técnica desses países. Já desvios dos preços locais em relação à paridade do poder de compra, o grau de abertura e o capital humano foram fatores explicativos para o aumento da eficiência técnica. Esse resultado foi observado tanto na estimação para o período de 1960 a 2000, quanto para o subperíodo de 1960 a 1990. Com relação ao subperíodo de 1990 a 2000, todos os parâmetros apresentaram-se como sendo estatisticamente insignificantes. Isso pode ser decorrente do fato de que 10 anos é um período muito curto para se captar o efeito de uma maior abertura comercial. Dessa forma, uma proposta para trabalhos futuros é estender a análise desse período até 2008 ou 2009, dependendo da disponibilidade |