| Desde a crise do Welfare State até a hegemonia Neoliberal em escala global a partir da década de 70, os Estados começaram a aperfeiçoar métodos que dinamizassem mais suas respectivas economias, a fim de se afirmarem como nações competitivas no mercado global. Uma das maiores preocupações socioeconômicas desde então tem sido a questão do mercado de trabalho. No Brasil, a partir da década de 90, iniciou-se um processo de privatizações e progressiva abertura comercial. Os efeitos da privatização do setor público foram notórios. A informalidade no Mercado de Trabalho no Brasil já se faz presente desde a década de 80, porém, um aumento significativo dessa categoria se verificou a partir dos anos 90. Durante muito tempo, a academia limitou-se a discutir acerca de qual conceito seria mais apropriado para definir informalidade. Entretanto, até o presente momento, não se chegou há uma definição consensual sobre tal fenômeno.A informalidade geralmente está associada a postos de trabalhos precários, onde o trabalhador está inserido por falta de oportunidades no mercado legal de trabalho. Todavia, há uma categoria de profissionais que em geral possuem alta escolaridade, mas que prefere estar inserida na informalidade, pelo fato de gozarem, assim, de maior autonomia, como, por exemplo, os profissionais liberais. Na segunda metade da década de 1980 houve uma certa estabilidade no mercado de trabalho, porém, a partir dos anos 1990, devido a causas explicitadas na introdução deste trabalho, percebe-se um aumento sem precedentes de trabalhadores informais. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar as conseqüências da Crise Financeira Internacinal de 2008 sobre os Mercados de Trabalho do Brasil e, em especial, do Nordeste. |