Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

FITOPLÂNCTON DO ESTUÁRIO DO RIO CURÚ (LITORAL OESTE DO CEARÁ) – PERÍODO CHUVOSO (2005).

Área: Ciências Biológicas I
Orientador: Maria Odete Parente Moreira
Autor Principal: Andréa de Oliveira da Rocha Franco
Co-Autores: Hortência de Sousa Barroso
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 16:20  Sala: 02  Local: Didático do CC - Bloco:951, Térreo
Identificação: 2.1.06.006
Resumo:
O estuário do rio Curú está localizado no litoral oeste do Estado do Ceará, em uma Área de Proteção Ambiental (APA), entre os municípios de Paracurú e Paraipaba. A APA vem sofrendo impactos antrópicos como: desmatamento, queimadas, pesca predatória e disposição irregular de resíduos sólidos. Visto que o fitoplâncton é importante indicador das condições ambientais dos ecossistemas aquáticos, o objetivo do trabalho foi verificar se a comunidade fitoplanctônica do estuário apresentava variação espacial longitudinal. Foram estimadas a densidade total e dos principais grupos (método de Utermöhl) e suas abundâncias relativas. Amostragens foram realizadas durante uma preamar do período chuvoso (Fev./2005), em duas porções do estuário (superior-E1 e intermediaria-E2), definidas em função da salinidade. A densidade total da comunidade variou de 7,1 × 105 (E1) a 284,5 × 105 org.L-1 (E2), com salinidades de 0,3 e 18, respectivamente. O fitoplâncton foi representado por seis Divisões taxonômicas, além de organismos não identificados. Na E1 e E2, respectivamente, as abundâncias relativas (%) foram: Cyanophyta (52,5 e 88,1), Euglenophyta (0,5 e 3,5), Dinophyta (1,0 e 1,7), Bacillariophyta (7,6 e 4,3), Cryptophyta (3,2 e 0,2), Chlorophyta (34,9 e 0,0) e organismos não identificados (0,3 e 2,2). Ao contrário do esperado, a densidade total variou diretamente com a salinidade, mas a riqueza foi inversa, com 52 táxons na E1 e 33 na E2. Na E1 as maiores densidades (× 105 org.L-1) e abundâncias (%) foram da Chlorophyta Monoraphidium aff. (2,1 e 29,1), seguida da Cyanophyta Cylindrospermopsis raciborskii (1,6 e 23,1). Na E2 Planktolyngbya aff. foi dominante (87,2%), com densidade de 248,6 × 105 org.L-1. Além da variação espacial longitudinal, os resultados revelaram elevadas densidades, com dominância de táxons de ambientes eutróficos, especialmente na E2, o que pode refletir a vulnerabilidade do estuário às atividades antrópicas.