| Esta pesquisa norteou-se num empreendimento analítico acerca do status dos gêneros anúncios. Ao fazê-lo, achamos conveniente delimitar ao gênero propaganda eleitoral, haja vista ser escasso os estudos acadêmicos acerca de sua natureza no que diz respeito à linguagem, ao estilo e a estética geral da peça publicitária. Neste sentido, recorremos às considerações de Marcuschi (2002) no que tange à conceituação do gênero textual, notadamente de seu conteúdo temático, de seu estilo, dos papéis dos participantes, do lugar social; assim como do objetivo a ser alcançado. Valemo-nos ainda das diretrizes metodológicas propostas por Bazerman (2005) para identificar a existência do gênero. Neste aspecto, atribuímos maior ênfase as considerações do referido autor no sentido de que cada receptor visualiza o gênero de uma forma particular. No tocante à determinação dos propósitos comunicativos do gênero anúncio, reputado pelos estudos de Bhatia (1993), especialmente no que se refere à hipótese da existência de uma colônia destes gêneros, intentamos confirmá-la a partir do pressuposto de que há um agrupamento de gêneros promocionais com um propósito análogo; e que os mesmos se unem por afinidade e aplicabilidade na contextualização de usuários reais. No estudo detidamente linguístico, apresentou-se como salutar ao entendimento do que aqui se objetiva, as apreciações de Gonçalves (2006) e de Sandmann (1997) quando se detém no exame acurado da linguagem publicitária enquanto tipo específico de linguagem; bem como da investigação da construção de significados a partir de sentenças predicadas (slogans) levando em consideração o contexto social e a capacidade de apreensão da mensagem. É provável que, a parir do que aqui se propõe, haja um estímulo benéfico aos que se detém sobre o domínio destas duas disciplinas (Linguística e Publicidade), as quais tão licitamente estiveram entrelaçadas em outras pesquisas, para a propositura de estudos mais acurados acerca do que as aproxima. |