| A fragilidade está associada a eventos adversos na idade avançada, sendo de interesse avaliar a ocorrência em idosos frágeis brasileiros de quedas, alteração do equilíbrio e da marcha. Objetivos: Determinar o equilíbrio funcional, marcha e o medo de cair em idosos frágeis e robustos residentes em área urbana da cidade de Fortaleza, Ceará. Materiais e Métodos: Idosos residentes na área de captação do Centro de Atenção ao Idoso do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) da Universidade Federal do Ceará foram avaliados em visita domiciliar e classificados quanto à presença ou não de fragilidade, de acordo com os critérios de Fried et al, 2001. Uma subamostra de idosos frágeis e não-frágeis (robustos) foi avaliada em nível ambulatorial, quanto ao desempenho nos testes de avaliação de marcha e equilíbrio (Timed Up and Go – TUG e POMA – Brasil) e medo de quedas (FES-I Brasil). Resultados: Foram avaliados 79 idosos, sendo 43 (54,4%) frágeis e 36(45,6%) robustos. A maioria (87%) foi do sexo feminino, sendo a idade média de 76 anos para os frágeis e 71 anos para os robustos (p< 0,01). Quanto a quedas, 60% dos frágeis e 40% dos robustos caíram pelo menos uma vez no último ano (p>0,05), havendo um gradiente inverso nos dois grupos em relação ao número de quedas. A média no TUG foi de 17 segundos, havendo um gradiente inverso nos dois grupos quanto se considera o tempo em segundos. No POMA a média foi de 55,3 pontos nos frágeis e 48,2 pontos nos robustos (p<0,01). O medo de quedas (FES-I) foi 39 pontos entre os frágeis e 27 entre os robustos (p<0,01). Conclusões: A fragilidade está associada à idade, havendo diferenciais quanto ao equilíbrio, marcha e medo de cair no grupo de idosos frágeis residentes em área urbana. |