Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

A LUTA PELA EMANCIPAÇÃO: A ALIENAÇÃO, AS CLASSES SOCIAIS E A HEGEMONIA

Área: Sociologia
Orientador: Valmir Lopes de Lima
Autores Principais: Manuela de Azevedo Lima, Davi da Costa Almeida
Co-Autores:
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 10:40  Sala: 02  Local: Didático do CC - Bloco:951, Térreo
Identificação: 2.1.34.014
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo pensar a problemática da emancipação a partir dos fundamentos marxistas sobre a alienação e a constituição das classes sociais alinhando-os a perspectiva sobre hegemonia em Gramsci. Pensamos que o processo de estranhamento e alienação que ocorre no mundo do trabalho capitalista influencia a formação das idéias que constituirão as ideologias políticas das classes sociais, e o mesmo ocorre ao inverso, que tais processos na superestrutura influenciam as relações de dominação objetiva do homem sobre o homem. Tal relação é mais complexa do que imaginamos, seus mecanismos e disposições mentais impedem o pleno desenvolvimento da emancipação e afetam diretamente os movimentos revolucionários. É esta dialética mal compreendida que deturpou e deturpa a ideologia dos partidos ditos revolucionários, e estes quando chegam ao poder não conseguem eliminar a relação de alienação e oposição que implica a dominação do homem sobre o homem. Este processo não se dá simplesmente nas bases materiais e não é simplesmente se apropriando dos meios de produção que esta relação estará resolvida.Temos como pressuposto que um problema existe com relação à alienação, com relação às ideologias políticas, com a formação das classes sociais bem como com a constituição dos partidos. Sabemos que mecanismos e disposições de dominação mentais influem fortemente nas decisões dos indivíduos, que fazem com que eles pensem como a cabeça dos dominantes. Sabemos que a epistemologia ocidental dominante, de acordo com Boaventura, tem grande participação nisso, que ela é responsável pela valorização do mundo das mercadorias e desvalorização do mundo dos homens, que ela faz as distinções entre as experiências, os saberes e os atores sociais que são úteis e os que são inúteis. Como Boaventura, concluímos que é preciso dissolver por completo esta epistemologia e criar outra mais justa.