Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

JUVENTUDE E VULNERABILIDADE: PERSPECTIVAS BIOGRÁFICAS E CULTURAIS SOBRE RISCO E PROTEÇÃO EM FORTALEZA

Área: Psicologia
Orientador: Idilva Maria Pires Germano
Autores Principais: Natalia Silveira de Andrade Aquino, Izabelle Maria Silva Camara Pessoa
Co-Autores:
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 14:20  Sala: 01  Local: Didático do CC - Bloco:951, Térreo
Identificação: 2.1.31.009
Resumo:
Este relatório está vinculado ao Edital Casadinho do CNPq (16/2008), contemplado por grupos de pesquisas da UFC e UFRGS. No projeto, além de uma pesquisa quantitativa envolvendo 1000 jovens em situação de risco, foi prevista a realização de entrevistas em profundidade com jovens selecionados dessa amostra, de condição sócio-econômica menos privilegiada, estudantes de escola pública. As informações biográficas e socioculturais visam complementar e aprofundar os dados já coletados por meio do questionário padronizado. Pressupõe-de que as entrevistas permitem estudar os fatores de risco e proteção juvenil por um ângulo mais personalizado, além de capturar tipos e peculiaridades de trajetórias individuais e coletivas em tais coletividades e o sentido que os jovens atribuem à sua história e outras histórias nas circunstâncias em que vivem. Durante a vigência deste projeto, além da inserção no campo e dos estudos teóricos, foram realizadas entrevistas iniciais com 08 jovens, por meio da Entrevista Narrativa Autobiográfica (Fritz Schütze). A análise procurou identificar os processos estruturais do curso da vida desses jovens: esquemas de ação biográficos, padrões institucionais do curso da vida, metamorfoses e trajetórias biográficas de sofrimento. Em termos de situações vividas como obstáculos e fontes de sofrimento, destacam-se conflitos e separação dos pais, com agressão física entre os cônjuges, ausência ou má conduta paterna (negligência financeira e afetiva) e trabalho precário dos pais, que gera renda familiar incerta. Alcoolismo do pai ou hábito de beber é comum e representa risco para o jovem. As drogas são vividas como perigo que ameaça a capacidade do jovem de agir autonomamente. Conclui-se que a oportunidade de contar suas histórias na entrevista permite o trabalho biográfico desses jovens, incitando-os a refletir sobre os eventos dolorosos, conferir sentido ao vivido e a planejar o futuro.