Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

Estruturas clínicas: o final de análise e suas versões. Parte II

Área: Psicologia
Orientador: Laeria Beserra Fontenele
Autores Principais: Raphael Marques de Miranda Costa, Joselene Monteiro Silva
Co-Autores: Laeria Fontenele
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 10:00  Sala: 01  Local: Didático do CC - Bloco:951, Térreo
Identificação: 2.1.31.001
Resumo:
A presente pesquisa, resultou do desdobramento de uma investigação mais abrangente dedicada a investigar as relações entre o conceito de Estrutura e a clínica psicanalítica, tivemos por meta o estabelecimento das possíveis relações entre as estruturas clínicas e o final de análise. Essa questão foi de grande relevância para o aprofundamento de pontos delineados em nosso projeto anterior, que realizou a sistematização das concepções de final de análise em Freud e Lacan. Nosso objetivo geral foi o de investigar as relações entre estruturas clínicas e o final de análise. Adotamos, ainda, os seguintes objetivos específicos: apontar as perspectivas do tratamento e a delimitação do conceito de fim de análise nas diferentes estruturas clínicas; estabelecer as variantes do final de análise nos diferentes quadros clínicos de uma mesma estrutura. A metodologia da pesquisa foi eminentemente teórica e consistiu na exegese e análise das categorias de fim de análise e estruturas clínicas tendo como cotejamento prático a análise de casos clínicos já documentados por psicanalistas. Os resultados foram: o final de análise está intimamente relacionado ao modo como cada estrutura clínica lida com a Estrutura enquanto furo, sendo o final de análise na neurose e nas perversões uma condição possível e que está subordinada ao modo como vai se dá a mudança subjetiva operada pela construção da fantasia em ambos os casos; nas psicoses não podemos falar em final de análise. Nesse caso, observa-se não haver uma cura definitiva do sujeito psicótico. Concluímos que: nas psicoses a análise é interminável, mas tem como benefício a estabilização das mesmas; o fim de análise em cada neurose incide de forma diferente no rearranjo do sujeito em relação ao objeto causa de desejo; nas perversões existem dois finais de análise possíveis. Há, no entanto um ponto comum entre estes: a possibilidade de que o sujeito perverso possa ascender à capacidade de amar.