Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

CARACTERIZAÇÃO DO LÁTEX DE DE Marsdenia megalantha [Goyder e Morillo, 1994] COMO UM REPOSITÓRIO DE PROTEÍNAS ATIVAS NO CONTROLE DE FUNGOS PATOGÊNICOS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA

Área: Ciências Biológicas I
Orientador: Ilka Maria Vasconcelos
Autor Principal: Handerson Ribeiro de Oliveira Mota
Co-Autores: Henrique Pinho Oliveira
José Tadeu Abreu de Oliveira
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 11:00  Sala: 03  Local: Didático do CC - Bloco:951, Térreo
Identificação: 2.1.06.007
Resumo:
Marsdenia megalantha (Apocynaceae) é uma espécie que cresce na caatinga da Região Nordeste do Brasil. Ao sofrer injúria em qualquer órgão, a planta exsuda látex que rapidamente coagula em contato com o ar, prevenindo a perda de água e entrada de fitopatógenos. Estudos prévios realizados por nosso grupo de pesquisa demonstraram a presença de propriedades antifúngicas associadas às proteínas do látex de M. megalantha. No presente trabalho, foi dada ênfase à purificação e caracterização de proteínas antifúngicas. Para tanto, o látex foi coletado de plantas da região do Quixadá, Ceará, diluído (2x) com Tris-HCl 0,05 M, pH 8,0, contendo NaCl 0,15 M, de modo a prevenir sua coagulação e, em seguida, submetido à centrifugação (5000 x g, 10 min, 25 ºC), a fim de separar a borracha das proteínas solúveis. A fração solúvel, denominada de Proteínas Totais do Látex (PTL), foi dialisada contra tampão acetato de sódio 0,05 M, pH 5,2, e aplicada em matriz de Resource-Q, previamente equilibrada com esse mesmo tampão. Após remoção das proteínas não retidas (FnRQ) com o tampão de equilíbrio, NaCl 1 M foi adicionado ao tampão e a fração retida coletada (FRQ). Somente FnRQ foi capaz de inibir a germinação de esporos do fungo fitopatogênico Fusarium solani, sendo, portanto, submetida à cromatografia em matriz de Superose-12, que resultou em duas frações, S1 e S2, ambas com efeitos inibitórios sobre o fungo citado. S1 apresentou apenas uma banda protéica, com massa molecular aparente de 67 kDa (PAGE-SDS), e atividade peroxidásica, diferentemente de S2 que se mostrou como uma fração contendo cerca de seis bandas protéicas, com massas moleculares mais baixas, e exibiu atividade quitinolítica. Os resultados evidenciam que o látex de M. megalantha é uma fonte rica de proteínas antifúngicas, com potencial para uso no desenvolvimento de estratégias para controle de fungos fitopatogênicos de interesse agronômico.