| O Ceará possui um grande parque cerâmico, produzindo cerca de 40 milhões de peças anuais. Entretanto, o setor apresenta alto índice de desperdício, em torno de 20%. É sabido pelo meio técnico-acadêmico que o uso de adições minerais em concreto, tais como cinza volante, metacaulim, sílica ativa e fíler calcário, propiciam um refinamento dos poros do mesmo, melhorando propriedades de resistência, deformação e durabilidade. Existem pesquisas que apontam atividades pozolânicas na cerâmica vermelha moída, classificando-a como uma pozolana. Entretanto, o grau de reatividade pozolânica é dependente da matéria-prima que originou a cerâmica. Diante disso, se faz necessário estudar o comportamento dos resíduos cerâmicos moídos produzidos nas olarias cearenses como adição em concreto. Para tanto, foi coletado uma amostra de resíduos cerâmicos em uma olaria cearense, moendo-a em um moinho de bolas até que suas partículas sejam inferiores a 0,075mm. Posteriormente, foram realizados ensaios de caracterização nos materiais a serem utilizados na fabricação dos concretos (areia, brita, cimento e resíduo cerâmico moído). Foi elaborado um projeto de experimentos em que o resíduo cerâmico foi gradativamente incorporado a uma dosagem de concreto predeterminada, nos teores de 0%, 5%, 10%, 15% e 20%, variando-se também a relação água/cimento dos concretos (0,4; 0,55; 0,7). A idade de realização dos ensaios foi de 28 dias. os resultados apontam que o resíduo de cerâmica vermelha moído não apresentou atividade pozolânica, entrrtanto os resultados apontam viabilidade no uso deste resíduo em concretos em teores de até 10%. |