| Objetivou-se neste estudo verificar os efeitos do mês de coleta e da presença ou ausência de gel no ejaculado sobre os parâmetros seminais de coelhos, tais como, volume do ejaculado, vigor, motilidade, concentração espermática e do ITU mensal. O experimento foi realizado no período de setembro a dezembro de 2009, no Departamento de Zootecnia/UFC. A qualidade seminal em coelhos não permanence constante ao longo do ano, podendo variar em função das condições ambientais. Tais parâmetros seminais podem ser influenciados pelas características individuais dos animais e por fatores ambientais, como, a temperatura, a umidade e a ventilação. Portanto, para se obter a máxima eficiência reprodutiva é necessário controlar o micro-clima dentro das instalações. A utilização do índice de temperatura e umidade adaptado para coelhos estima as faixas de estresse térmico por calor dentro do galpão de criação. Foram utilizados neste estudo, 21 coelhos da raça Nova Zelândia Branca, com idade média de oito meses e peso médio de 2,80 kg. Os animais foram criados em sistema intensivo, alojados individualmente em gaiolas de arame galvanizado e alimentados com ração comercial. Os ejaculados foram obtidos por meio de vagina artificial em vidro temperado, com auxílio de uma fêmea em estro para estimular a monta. Após a coleta e remoção da fração de gel (se presente), o volume de sêmen foi mensurado, e avaliado quanto, ao vigor, a motilidade e a concentração espermática. O estudo da análise de variância constatou o efeito significativo (P < 0,05) do mês de coleta sobre os parâmetros seminais de coelhos. A presença ou ausência de gel no ejaculado dos coelhos, não exerceu influência significativa neste estudo. Diante do exposto, é possível concluir que os parâmetros seminais de coelho variam entre os meses do ano, e que essa variação pode ser atribuída a mudanças na sensação térmica percebida pelos animais ao longo do experimento. |