| É possível observar através da história dos movimentos sociais brasileiros uma vasta pluralidade nas suas formas de organização, assim como nas suas demandas, princípios e tipos de interação produzidos juntos ao Estado e aos diversos setores da sociedade brasileira (GOHN, 2006). Dessa forma, no que diz respeito aos movimentos sociais, pode-se dizer que os novos governos modelaram parte de suas ações para legitimar-se frente a tais movimentos. Configura-se assim nosso objetivo em, por meio deste trabalho, apresentar algumas das proposições que se habilitaram a explicar as formas adquiridas por essa interface entre movimentos sociais e Estado, a partir do início do presente século, com especial destaque para os oito anos de governo Lula. Metologicamente nos apoiamos no estudo bibliográfico das pesquisas realizadas acerca da temática. Dessa forma, revelou-se para nós um quadro de retração da combatividade de certos movimentos, ao mesmo tempo em que muitos desses movimentos ampliaram e fortaleceram a base de apoio institucional para os seus projetos. Vale ressaltar que o presente trabalho corresponde a primeira etapa de um pesquisa pensada para dois momentos, sendo os resultados aqui apresentados apenas parciais. O primeiro momento, materializado justamente por meio deste trabalho, com o objetivo de revisar e aprofundar o conhecimento na literatura acerca dos movimentos sociais, com enfoque nos tipos de interações, e os significados dessas interações, entre os movimentos sociais e o Estado durante o governo Lula. O segundo momento, ainda em processo, corresponde a pesquisa empírica junto a movimentos sociais da cidade de Fortaleza, a fim de descobrir e observar as transformações e ressignificações adquiridas por esses movimentos durante o governo Lula. Agradecemos ao PET-UFC pelo financiamento da pesquisa. |