| O presente trabalho trata sobre a intertextualidade, sendo esta considerada como o processo de interação entre textos, tanto na escrita quanto na leitura, segundo Bakhtin, ou como um mosaico de citações de outros textos, conforme Julia Kristeva. Monteiro Lobato, por sua vez, é autor muito conhecido no mundo literário, principalmente na área infanto-juvenil, por ter sido um dos primeiros escritores a acreditar na inteligência da criança. De suas obras mais famosas, temos o Sítio do Picapau Amarelo, onde encontramos o corpus de nossa pesquisa: o livro Memórias de Emília. Nosso objetivo é mostrar, no âmbito desta obra, as consequências do fenômeno da intertextualidade, tanto para a construção do texto lobatiano como para o leitor. Assim, seguindo uma revisão teórica acerca dos estudos sobre intertextualidade, dividimos metodologicamente o trabalho em cinco partes, correspondentes às categorias encontradas: menções a obras literárias, citações, alusões, paródias e recriações de personagens. Em relação ao embasamento teórico, valemo-nos de fontes diversificadas, como Dídimo (1996), Paulino (1995), Walty (1995), Cury (1995) e Carvalhal (1986). Os resultados encontrados foram úteis no sentido de demonstrar vários tipos de intertextualidade, desde menções a obras até recriações de personagens. Ao término do processo de pesquisa, concluímos que as consequências do fenômeno no corpus em questão foram muitas; dentre elas, o enriquecimento do texto, a curiosidade e o interesse do leitor. |