Resumos Aceitos pela PRPPG

III Encontro de Pesquisa

A TRADUÇÃO DE HOWARDS END PARA AS TELAS

Área: Lingüística, Letras e Artes
Orientador: Carlos Augusto Viana da Silva
Autor Principal: José Ailson Lemos de Souza
Co-Autores:
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 11:00  Sala: 14  Local: Física Bloco:924
Identificação: 2.2.08.032
Resumo:
A tradução de obras canônicas da literatura inglesa para o cinema, nas décadas de 1980 e 1990, marca uma das principais características de um gênero fílmico, denominado por Higson (2003) como Heritage Film. As narrativas cinematográficas enquadram-se dentro de um gênero a partir da conjunção de traços específicos no plano dos conteúdos e das formas de expressão. Assim, um dos temas mais recorrentes do gênero em questão é a abordagem sobre a identidade nacional inglesa no período de hegemonia do império britânico. Movimentos de câmera usados enfocam a arquitetura e objetos de época, de modo a conferir veracidade histórica à mise-en-scène. Nesse contexto, quatro romances do escritor E. M. Forster foram adaptados, sendo três destes pelo diretor norte- americano James Ivory. O objetivo deste trabalho é discutir como o filme Retorno a Howards End (1992), dirigido por Ivory, com base na obra homônima de Forster, constrói o espaço fílmico e representa a identidade inglesa. Para tanto, faremos considerações sobre os estudos de adaptação como tradução de Cattrysse (1992), examinaremos tendências de produções cinematográficas a partir da discussão de Vanoye & Goliot-Lété (1992) e Higson (2003), para tratarmos da relação entre cinema e literatura, já que nosso objeto de análise antecipou-se à publicação da tradução do romance no Brasil. Como resultados preliminares, podemos dizer que o filme de Ivory, ao invés de evidenciar uma identidade nacional fixa, apresenta-a de forma híbrida, o que aproxima o seu diálogo mais com o presente do que com o passado. Esta pesquisa é financiada pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP).