Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

Detecção de Disruptores Endócrinos em efluentes sanitários e estudos de remoção pelo processo de oxidação avançado

Área: Engenharias I
Orientador: Andre Bezerra dos Santos
Autor Principal: Joana Angélica C Alves
Co-Autores: Germana de Paiva Pessoa
Neliane Costa de Souza
Márcia Rodrigues de Sousa
André Bezerra dos Santos
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 08:40  Sala: 06  Local: Didático do CC - Bloco:951, 1º andar
Identificação: 2.1.14.008
Resumo:
Estações de tratamento de esgotos domésticos podem representar uma fonte de poluição pontual de poluentes emergentes como ftalatos, hormônios, fármacos, pesticidas, etc, além de poderem causar toxicidade aos diversos grupos tróficos existentes no corpo receptor. Nesse último aspecto, os ensaios ecotoxicológicos contribuem na avaliação da toxicidade destes efluentes a organismos aquáticos expostos. O presente trabalho objetivou avaliar efluentes de ETEs, através da identificação de micropoluentes, e a realização de testes de ecotoxicidade aguda e crônica utilizando Daphnia magna como bioindicador. A identificação dos micropoluentes foi realizada através de cromatografia gasosa acoplada a espectrofotometria de massa, usando dados da biblioteca e padrões disponíveis. Os analitos foram pré-concentrados por meio da técnica de extração em fase sólida, utilizando o cartucho C18 (octadecilsilano). Foram identificados no efluente da o efluente da estação de pré-condicionamento de Fortaleza (EPC) os seguintes compostos: Cafeína, colesterol, diclofenaco de sódio, labetalol, colestano, aziridina, pirole/azole, ácido ascórbico, androsterona, testosterona, coprostanol, etinilestradiol e 17-%u03B2 estradiol. Os ensaios ecotoxicológicos, bem como o cultivo foram realizados de acordo com a norma NBR 12713. As diluições utilizadas para as amostras nos testes foram: 6,2; 12,5; 25; 50 e 100 %. A análise estatística foi através do método Trimmed Spearman-Karber. O resultado para o CE50-48hs obtido demonstrou que 25% da concentração do efluente era letal a metade dos organismos-testes sendo, portanto, considerado um efluente tóxico a muito tóxico, já que este valor é inversamente proporcional à toxicidade da amostra. Testes ecotoxicológicos crônicos com o efluente de uma ETE do tipo facultativa indicaram que em 100% das diluições das amostras testadas apresentadas malformações como: ruptura da carapaça, lesão na parte dorsal, espinho encurtado nos organismos adultos e neonatos gerados.