Introdução: A ultrassonografia obstétrica é capaz de diagnosticar com detalhes várias malformações fetais, sendo elemento norteador de conduta perinatal, nestes casos. A despeito de sua importância, uma plêiade de sentimentos é vivenciada pelas gestantes após esse exame, em particular, quando é noticiada alguma afecção em seu filho. A magnitude dessas repercussões emocionais é muito pouco estudada em profundidade, na literatura.
Objetivos: Identificar os sentimentos da gestante diante da comunicação disponibilizada pelo médico, após o diagnóstico de malformação congênita fetal. Metodologia: Estudo envolveu a dimensão qualitativa, a partir da realização de entrevistas individuais, gravadas, utilizando um roteiro semi-estruturado. Foi realizado com seis gestantes, cujos filhos apresentavam diagnóstico de malformação fetal. Pesquisa realizada em Fortaleza- CE, no período de julho a dezembro de 2009.
Resultados: Observou-se, a partir da análise do discurso das gestantes, ambivalência de sentimentos vivenciados, incluindo desde a negação, tristeza, frustração, medo, conformação, até a rejeição do concepto. A partir dos relatos, verificou-se a extensão do impacto dessa notícia, seja para aproximar ou gerar conflitos familiares. Foi recorrente o relato acerca da importância da ultrassonografia para o diagnóstico precoce e sobre a forma como foi revelada a má notícia, disponibilizada pelo médico.
Conclusão: Verifica-se a necessidade de apoio direcionado a esse grupo de mulheres diante de uma situação tão vulnerável, de modo que possam ser assistidas pelos profissionais de saúde, tanto na sua dimensão biológica como, também, psico-emocional.
Agradecimentos à FUNCAP pelo financiamento deste trabalho (Edital PPSUS/2009).
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