| Estudos bioquímicos sobre lectinas demonstram suas afinidade por mono ou oligossacarídeos específicos e estudos mais recentes demonstram que diversas lectinas vegetais apresentam interações específicas com moléculasde natureza hidrofóbica. Em muitos casos, a presença de substituintes hidrofóbicos pode reforçar a ligação do carboidrato com a lectina.O objetivo do trabalho foi obter co-cristais de lectinas de Canavalia brasiliensis(ConBr) e Canavaliamaritima(ConM) com hormônios vegetais para caracterizar o sítio hidrofóbico através da resolução das estruturas dos complexos.Foi realizada a diluição das lectinas para determinar a menor concentração onde ainda fosse possível a observação de atividade hemaglutinante. A amostra de proteína diluída 100 vezesfoiutilizada nos ensaios de hemaglutinação com os hormôniosna concentração 1mM. Os melhores resultados foram obtidos com cinetina e trans-zeatina.As placas de cristalização foram montadase os cristais de lectina cresceramutilizando a técnica de difusão de vapor com o método da gota suspensa. Este ensaio foi realizado para ConBr(12,5 mg/mL)e ConM (20 mg/mL) na presença de 1 mM do hormônio. As gotas continham 2µL de solução de proteína com hormônio e 2?L da condição de cristalização com o poço contendo 300 µL da condição de cristalização.Depois de obtidos os cristais, os dados foram coletados no Laboratório Nacional de Luz Sincrotron.Na coleta de dados, os cristais foram mergulhados em uma solução contendo 30% de glicerol e foram resfriados a 100K. Dos dados coletados o melhor resultado corresponde ao cristal de ConBr complexado com trans-zeatina com uma resolução máxima de 2,0 Å. Os dados da difração mostraram que os cristais pertencem ao grupo espacial I222 e têm parâmetros de cela a=66,3 Å; b=72,0 Å e c=97,5 Å. O Vm revela a existência de 1 molécula na unidade assimétrica e um conteúdo de solvente em torno de 46,24 %.Apoio: UFC e CNPq. |