| A Síndrome Hipertensiva Gestacional vem se caracterizando como a principal causa de morbimortalidade materna, sendo um dos principais motivos de distúrbios clínicos enfrentados pela mulher durante seu ciclo gravídico-puerperal. Embora muitas políticas públicas tenham sido criadas para melhorar a qualidade de vida da mulher durante seu período gestacional e puerperal, bem como para detectar precocemente alterações patológicas que venham a ocorrer nessa fase. Objetivos: temos como objetivo geral: avaliar a assistência pré-natal de mulheres com síndrome hipertensiva gestacional e específicos: caracterizar o perfil epidemiológico das mulheres com síndrome hipertensiva gestacional; descrever os procedimentos oferecidos às gestantes com síndrome hipertensiva gestacional no pré-natal de acordo com o PHPN/MS; Averiguar as informações repassadas às gestantes durante a assistência pré-natal de acordo com PHPN/MS.Trata-se de um estudo de caráter epidemiológico, transversal e retrospectivo, realizado na Maternidade Escola Assis Chateaubriand a partir de prontuários de mulheres que se internaram entre maio de 2008 e abril de 2009 com diagnóstico de Síndrome Hipertensiva Gestacional, cuja coleta de dados ocorreu nos meses de agosto e setembro de 2009 e amostra total de 460 prontuários. Observamos que houve prevalência na faixa etária de 20 a 24 anos de idade, sendo 129 (28,1%) mulheres, a maioria das puérperas eram solteiras (67,0%), observou-se a maior prevalência de primigestas, 213 (46,3%) casos, bem como de pacientes primíparas, 218 (47,4%) mulheres. Verificou-se que 447 (97,2%) mulheres realizaram pelo menos uma consulta pré-natal e 04 (0,8%) não realizaram nenhuma. Foi verificado que 142 (30,09%) delas apresentaram pressão arterial maior ou igual a 170x120mmHg no momento da admissão. A forma clínica mais frequente foi a pré-eclâmpsia grave, apresentada por 237 (51,5%) mulheres, quanto ao uso do antihipertensivo, grande parte das clientes, 405 (88%), fez uso de alguma medicação hipotensora e quanto a sulfatoprofilaxia, esta foi administrada a 341 (74,1%). Concluímos que neste estudo que a Síndrome Hipertensiva Gestacional apresentou uma prevalência elevada, acomete gestantes de todas as faixas etárias, escolaridade e estado civil, sua prevalência maior foi em gestantes multigestas e multíparas, que realizaram o parto cesáreo. |