| Nas últimas décadas várias estruturas geomorfológicas circulares foram atribuídas à de impactos de bólidos celestes na superfície terrestre (astroblemas). No Brasil destacam-se as estruturas de Araguainha (GO) e Serra da Cangalha (GO). Outras estruturas são tidas como de mesma natureza (Riachão - MA, Colônia - SP e São Miguel do Tapuio – PI). Entretanto, apesar do estilo morfoestrutural semelhante ao de astroblemas, estas ainda carecem de evidências conclusivas. Desde o início de 2009 temos desenvolvido uma série de estudos na estrutura de SMT, tida como um astroblema por alguns autores e de origem endógena por outros. O método de trabalho utilizado envolve pesquisa bibliográfica, a utilização de produtos de sensoriamento remoto, aeromagnéticos, trabalhos de campo, petrografia e estudos termocronológicos por traço de fissão em apatita e zircão. Os resultados preliminares ainda não são totalmente conclusivos, mas depõe à favor da presença de um astroblema na região de estudo. Estão de acordo com isto as seguintes caracterísitcas: i) geomorfologia com relevo de aspecto multi-circular, sistema de drenagem concêntrico com topografia mostrando bordas e núcleo soerguidos; ii) as imagens aeromagnéticas obtidas mostram um relevo magnético suave e não indicam a presença de um corpo de rochas ígneas em subsuperfície; iii) em campo foi observado a transformação do arenito friável nas adjacências da estrutura para um bem litificado no centro da mesma, sugerindo condições elevadas de temperatura incompatíveis com as vigentes durante a diagênese dos arenitos em questão. Em alguns locais foram observadas estruturas que, apesar de não conclusivas, lembram cones de estilhaçamento. Encontram-se em andamento análises petrográficas (para a identificação de estruturas e texturas típicas de rochas que experimentaram impactos de bólidos celestes) e termocronológicas para obtenção da possível idade da estrutura em questão. |