Introdução: Afrormosina (AFM), é um isoflavonóide de Amburana cearensis (Cumaru). Objetivo: Investigar os efeitos tóxicos e o potencial antioxidante e antiinflamatório da AFM em neutrófilo humano. Metodologia: Polimorfonucleares (PMNs, 2,5x106 céls/mL), predominantemente neutrófilos (80-90%) foram isolados do Buffy coat (HEMOCE). A citotoxicidade da AFM (33,52, 167,6 e 335,2µM), foi avaliada através do ensaio de exclusão por azul de tripan e dos testes de Laranja de acridina e MTT. Para avaliar a atividade antiinflamatória da AFM (10.1, 20.1, 41.9, 167.6 e 335.2 %u03BCM) as células foram ativadas por citocalasina B e fMLP (5µg/mL e 100 nM) e, a seguir foi determinada a concentração de mieloperoxidase (MPO) por espectrofotometria. O efeito da AFM (16.76, 33.52, 83.8, 167.6 e 335.2 µM) sobre o metabolismo oxidativo foi investigado por quimioluminescência (sondas: luminol (QLlum) e lucigenina (QLluc). A ação seqüestradora de radical livre da AFM foi investigada através da técnica do radical DPPH%u2022. Resultados: Na presença da AFM o percentual médio de PMNs viáveis no teste do azul de tripan foi em torno de 97 %. Não foi observado aumento do número de células necróticas em relação ao controle no teste da acridina e, tão pouco redução significativa da viabilidade dos neutrófilos humanos no teste do MTT. A AFM reduziu significativamente (p<0,05, ANOVA, Tukey) a desgranulação de neutrófilo humano inibindo em até 66,5 % a secreção de MPO. A produção de EROs por PMNs foi reduzida pela AFM (CI50: 21,56 ± 1,85 (QLlum) e 67,46 ± 6,45 µg/mL (QLluc)). A AFM (10, 50 e 100 %u03BCg/mL) não apresentou atividade sequestradora de radicais livres. Conclusão: A afrormosina não foi citotóxica para PMNs. Além disso, possui atividade antiinflamatória e antioxidante modulando tanto a desgranulação de PMNs quanto a produção de EROs, com maior sensibilidade para àqueles produzidos pelo sistema MPO. |