| Na literatura sobre definições costumam-se encontrar diversas distinções entre tipos de definições. Contudo, isto não é feito de forma sistemática. Neste trabalho versamos sobre definições e queremos preencher esta lacuna. Desta forma, nosso objetivo final é fazer uma taxonomia das definições que consiste em responder i) qual a estrutura geral das definições e ii) que tipos de definições podem haver. Por ora, dentre aquilo que usualmente se toma como definição, contemplamos somente frases. Nosso objetivo atual é argumentar, em resposta parcial a (i), que a uma frase, para ser uma definição, é essencial expressar uma força ilocucionária. Em outras palavras, respondemos a (i) que parte da estrutura geral de uma frase que é uma definição é um indicativo de força ilocucionária. Veremos ainda que, no contexto da discussão sobre o que são definições, nossa tese é equivalente à tese de que (frases que são) definições são, primordialmente, atos ilocucionários, e não sentenças, conteúdos proposicionais ou atos mentais. Além disso, indicaremos que nossa resposta parcial a (i) nos fornece, em resposta parcial a (ii), critérios pelos quais distinguir, pelo menos, dois tipos de frases que são definições semelhantes a dois tipos de definições costumeiramente distinguidas na literatura, nomeadamente, as definições descritivas (ou de dicionário, ou lexicais) e as definições estipulativas (ou legislativas). Finalmente, indicaremos quais são as próximas etapas de nosso projeto. Este trabalho foi desenvolvido durante período em que recebemos financiamento do CNPq, pelo que lhe somos obrigados. |