| A midia noticia diarimente casos de violência nas escolas; por vezes essas são transmitidas de maneira alarmista. Contudo, sabemos que a violência na escola não é um fenômeno surgido na última década. É um fenômeno bem mais antigo. O que diferencia as situações de violência ocorridas no passado das situações presentes é a intensidade com que se dão. Na presente pesquisa tentei perceber e analisar, de acordo com a lente sociológica, as formas de sociabilidade que se davam por meio da violência entre os agentes sociais (alunos, professores e funcionários) no ambiente escolar. Este estudo foi desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Antônio Sales, no bairro Rodolfo Teófilo, na cidade de Fortaleza. A pesquisa foi realizada com base nos métodos quantitativos (questionários) e qualitativos (entrevistas semi-estruturadas. Os dados obtidos pelo método qualitativo são complementados com os dados obtidos pelo método quantitativo para que não haja um enviesamento na abordagem metodológica. A tabulação dos questionários mostrou que a maioria dos alunos (79,89%), respondeu que gostava de sua escola. Gostavam por causa de dois fatores: costume e dedicação dos professores. Enquanto que 60,75% dos alunos fez alguma restrição à qualidade das relações estabelecidas entre os alunos e a classificou como sendo mais ou menos, tendo como justificativa agressões verbais e físicas. As entrevistas realizadas mostraram que a apatia da diretoria tinha certa responsabilidade pela ocorrência de casos de violência no interior da escola. No contexto escolar da escola Antônio Sales, de acordo com a pesquisa, podem ser constatados três tipos de violência: um está ligado à ação dos alunos contra a estrutura física da escola, constituindo assim, um tipo de violência contra o patrimônio público, o segundo tipo está ligado à violência moral e o terceiro tipo diz respeito à violência física.
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