A qualidade de vida é um conceito com diversos significados que reflete as condições de vida desejadas por uma pessoa em relação ao lar, comunidade, trabalho (escola no caso das crianças); à saúde e ao bem-estar. Diante do exposto, objetivou-se conhecer a percepção de mães de crianças com paralisia cerebral quanto à qualidade de vida. Estudo exploratório com abordagem qualitativa, os dados foram coletados através de entrevista semiestruturada com 20 mães de crianças com PC na faixa etária de 2 a 7 anos que estavam em atendimento no Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce, local em que foi desenvolvido a pesquisa. Os resultados foram analisados a partir das técnicas de análise de conteúdo, emergindo a categoria: Percepção de qualidade de vida. Os relatos das mães evidenciaram bem-estar social, com ênfase em alimentação, saúde e educação como aspectos relevantes para caracterizar uma boa qualidade de vida. As mães percebem que qualidade de vida é considerada boa quando está associada ao bem-estar econômico. Esse aspecto ocorre pela carência de bens materiais dessas famílias, pois, a maioria, apenas o pai é gerador de rendas e a mãe atua como dona de casa, cuida do filho que depende de outra pessoa para desempenhar as atividades da vida diária. Diante do exposto revela-se a importância de investimento por parte da previdência social em benefícios para as crianças com paralisia cerebral e deficientes no âmbito geral, desde que dependem na maioria das vezes, exclusivamente do cuidado das mães, impedindo-as de trabalhar e contribuir nas despesas da casa. Deve-se dispor, ainda, de maneiras para proporcionar melhor desenvolvimento dessas crianças no que se refere ao desempenho das atividades da vida diária, por meio de atendimentos de reabilitação e aparelhos de adaptação para crianças com deficiência no domicílio.
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