O que vemos nas escolas é o desenvolvimento de modelos de ensino/aprendizagem que não buscam e/ou se fazem desconhecer a luta entre interesses divergentes nos acontecimentos, assim como não é buscado e/ou estudado o processo de formação e transformação do espaço – humanizado na própria história. Compreendemos que o espaço e tempo são construções humanas e não estão imunes aos interesses antagônicos postos pela sociedade de classe. Como a classe dominante põe sob os seus domínios a classe trabalhadora, os objetos da História e da Geografia são direcionados para atender aos interesses da própria classe dominante. Por isso, é necessário um ensino de geografia contextualizado com a história e seus determinantes. Assim, entendemos que o ensino de História e Geografia pressupõe que superemos uma visão ingênua e fragmentada derivada do positivismo que nos faz pensar a realidade social como coisa, pois ela não se constitui como um somatório de partes, no qual as coisas estão justapostas entre si, e o todo não é articulado, interligado. O objetivo deste trabalho é, pois, estimular um posicionamento crítico diante do ensino da geografia e da história. Como algo concreto, que faz colocarmo-nos criticamente diante da realidade exposta e mostrar o que está oculto, ou seja, a ideologia que configura o processo do desenvolvimento histórico humano. |