Resumos Aceitos pela PRPPG

III Encontro de Pesquisa

SÍNDROME DE STEVENS-JONHSON DECORRENTE DO USO DE FENITOÍNA

Área: Ciências da Saúde
Orientador: Aparecida Tiemi Nagao Dias
Autor Principal: Luciana Mabel Ferreira Vasconcelos
Co-Autores: Fabrícia Martins Teixeira
Tatiane da Silva Araújo
Thereza Lúcia Prata Almeida
Aparecida Tiemi Nagao-Dias
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 17:20  Sala: 17  Local: Física Bloco:924
Identificação: 2.2.03.017
Resumo:
A Síndrome de Stevens-Jonhson (SSJ) é uma forma grave e potencialmente fatal de eritema multiforme bolhoso com acometimento muco-cutâneo disseminado. Vários fármacos podem desencadear esse quadro, principalmente antiinflamatórios não esteroidais, sulfas e anticonvulsivantes. Hipersensibilidade a fenitoína pode ser diagnosticada por teste epicutâneo em 60% dos casos. Realizar investigação clínico-laboratorial de hipersensibilidade em pacientes do ambulatório de Dermatologia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC-UFC) que apresentaram reações muco-cutâneas e/ou sistêmicas após exposição a medicamentos. O acompanhamento do paciente ocorreu através de entrevistas e coleta de dados no prontuário. Foi realizada a análise histopatológica das lesões e o teste epicutâneo com a fenitoína diluída a 10% em vaselina. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do HUWC em 28 de abril de 2008, processo 011.03.08. Paciente, 62 anos, sexo masculino, utilizou fenitoína 300 mg/dia durante um mês quando foi hospitalizado com quadro de febre, creptações em base pulmonar esquerda, placas eritemato-purpúricas, poupando apenas mãos e pés, além de bolhas e vesículas, mucosite oral, testículos e pênis edemaciados com crostas melicênicas e exsudato. O diagnóstico de SSJ foi confirmado através de exame histopatológico, que evidenciou destacamento da epiderme, diceratose extensa necrose de ceratinócitos e infiltrado linfocitário. O Patch test foi positivo (++) para Fenitoína, com formação de pápula e eritema no local da aplicação, confirmando hipersensibilidade do tipo IV ao respectivo fármaco. Embora os testes epicutâneos para fármacos não sejam utilizados de rotina, torna-se evidente a importância da disponibilidade dos mesmos na clínica, principalmente em casos graves, como SSJ, nos quais a identificação do fármaco responsável é fundamental para prevenir novas reações. Apoio financeiro: CAPES