Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO DO NORDESTE BRASILEIRO E EFEITOS SOBRE A GERAÇÃO DE RENDA NO PERÍODO 1990 A 2009

Área: Economia
Orientador: Fernando Jose Pires de Sousa
Autor Principal: Inácio Fernandes de Araújo Junior
Co-Autores: Thiago Costa Holanda
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 10:00  Sala: 05  Local: Didático do CC - Bloco:951, Térreo
Identificação: 2.1.11.005
Resumo:
O objetivo desse estudo é analisar a evolução do mercado de trabalho do Nordeste brasileiro e seus efeitos sobre a geração de renda no período 1990 a 2009. A conjuntura nacional, para esse período, foi marcada por altas taxas de desemprego, informalidade e aumento da precariedade. Essa situação foi conseqüência do processo de reestruturação produtiva e das políticas adotadas, que provocaram um baixo dinamismo econômico no início da década de 1990, acentuado pela abertura comercial. As alterações do papel do Estado na economia refletiu em maior endividamento externo e interno, desregulamentação e flexibilização dos mercados, em especial do mercado de trabalho, resultando em mudanças na sua estrutura, com redução do emprego e aumento da informalidade, promovendo a precarização do trabalho. Diante dessa situação, a região Nordeste do país apresenta condição mais precária em relação às regiões Sudeste e Sul devido ao maior desnível dos salários e das relações contratuais impostas. Essa realidade acaba por contribuir para um maior empobrecimento de uma população já fragilizada pela condição social existente. Isto compromete o desenvolvimento econômico e social da região, onde o bem-estar da população é dado apenas por medidas de transferência de renda. Deve-se buscar o bem-estar social através da distribuição das riquezas a partir do processo produtivo. Na região Nordeste além do rendimento do trabalho ser inferior à média nacional, reflexo do nível de investimentos que a região atrai, existe enorme disparidade de renda dentro da própria região, reflexo da grande maioria que recebe remuneração mínima pelo seu trabalho, influenciado, possivelmente, pelo nível de escolaridade dos trabalhadores, pelo tipo de contratação e pela elevada informalidade. Essa realidade acaba por contribuir para maior concentração de renda, disseminação da pobreza e todas as mazelas que acompanham esses problemas.