| A aceleração do processo de globalização, de abertura econômica e a implementação do real na década de 90 geraram mudanças significativas na economia brasileira. A política econômica que deu sustentação ao plano de estabilização expôs a produção nacional à concorrência externa, que, além de terem produtos fabricados a preços mais competitivos, eram favorecidos pela política de câmbio fixo artificialmente sobrevalorizado e de juros elevados. Tendo em vista a inserção do setor primário nesse processo e a recente expansão da produção agrícola, em especial a destinada à exportação, esse estudo busca verificar se esse crescimento é sustentável. Para tal, parte-se da suposição de que para que um crescimento seja sustentável é necessário que ele seja acompanhado de investimentos, caso contrário, poderiam surgir barreiras ao crescimento, como por exemplo, um processo de perda de competitividade, em decorrência de uma estagnação no nível de produtividade. Essa hipótese é verificada através do uso de técnicas de cointegração, no período que abrange o primeiro trimestre de 1997 ao igual período de 2010. Os resultados sugerem que a produção agrícola e os investimentos destinados a este setor não mantêm uma relação de equilíbrio de longo prazo, sendo seu crescimento, portanto, não sustentável. Adicionalmente, foram realizadas previsões sobre o comportamento do PIB Agropecuária até o último segundo trimestre de 2011, cujos resultados apontam para um crescimento de 6,24% em todo o período da previsão, resultado este que coincide com a previsão de pesquisadores e analistas para o crescimento do PIB Agregado. Portanto, os resultados do teste de cointegração e as quanto às previsões reforçam a necessidade de aumento dos níveis de investimentos do setor primário, de forma que possa manter um crescimento de longo prazo sustentável.
Palavras-Chave: PIB Agropecuário, Crescimento Sustentável, Cointegração.
A autora agradece ao CNPq pelo financiamento desta pesquisa. |