Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

A ETOLOGIA APLICADA AO COMPORTAMENTO DAS CRIANÇAS EM CRÔNICAS DE RACHEL DE QUEIROZ

Área: Letras,Lingüística
Orientador: Fernanda Maria Abreu Coutinho
Autor Principal: Sávio André de Souza Cavalcante
Co-Autores:
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 16:20  Sala: 10  Local: Didático do CC - Bloco:951, 1º andar
Identificação: 2.1.23.025
Resumo:
É de conhecimento geral que o universo infantil é multifacetado. Assim, as crianças e suas peculiaridades têm ganhado território na Literatura e tido destaque na História. Já os bichos, muitas vezes, são postos em segundo plano quanto à preocupação da crítica, não se percebendo que, onde há, na literatura, uma criança, geralmente, há um bicho interagindo com ela. Percebe-se, de uma maneira geral, uma afeição natural entre eles, e muitas das características do comportamento de uma criança são semelhantes às do animal, segundo a Etologia, que estuda o comportamento dos bichos. Na literatura brasileira, nos anos 30, os escritores passaram a retratar melhor a realidade brasileira. Entre eles, Rachel de Queiroz (1910-2003). O presente trabalho pretende, portanto, no centenário da autora, dedicar atenção às suas crônicas, observando as relações entre crianças e bichos. O trabalho justifica-se por sua importância para a literatura brasileira e pelo interesse em estudar histórias de bichos, que não têm ainda tanto respaldo e atenção da crítica. A metodologia envolverá o trabalho com: Mapinguari (1964), O Caçador de tatu (1967) e As menininhas e outras crônicas (1976). O processo metodológico contemplará a leitura de material teórico sobre: infância, comportamento animal e crônica. A análise voltar-se-á para a percepção das aproximações já aludidas. Os resultados parciais tendem para a ideia de que há muitos traços no comportamento dos animais que podem ser associados às crianças. As conclusões parciais dão conta de que aspectos como fragilidade, indefensibilidade e inocência estão presentes na forma de agir de ambos. O estudo faz parte de um projeto de pesquisa financiado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), para a qual se voltam os agradecimentos pelo apoio financeiro. A pesquisa insere-se no projeto Infância e Interculturalidade, coordenado pela professora Fernanda Maria Abreu Coutinho.