| Introdução:Investigar os modos concretos pelos quais vêm se dando as transformações no campo do documentário a partir do diálogo com as artes contemporâneas e, de forma mais efetiva, com a performance, foi o motor da pesquisa dos bolsistas de iniciação científica Leonardo Moura Mateus e Roger Q. Pires, sob a orientação da professora Sylvia Beatriz Bezerra Furtado, a partir de Agosto de 2010.
Objetivos:O objetivo é compreender quais são as questões que envolvem essa relação; quais são suas tensões, e, sobretudo, quais são as forças políticas e estéticas que os documentários-performances articulam numa perspectiva de renovação do documentário contemporâneo. Partindo de instalações, fotografias, vídeos, projeções, e live-art, e levando ao limite o conceito de performance nos trabalhos de Yael Bartana, Sigalit Handau, Anri Sala, Nguyen Hatsushiba, Santiago Sierra, Hai Bo e Karim Aïnouz.
Metodologia:O método utilizado é o da cartografia. Diferente de um mapeamento, que é sistema de representação estático, este acompanha e se faz ao mesmo tempo que os movimentos de transformação das paisagens.
Resultados:Podemos constatar a criação de uma tendência em comum em diversas partes do mundo em relação a atividades que envolvam performatividade e análise crítica da realidade social. Através desses trabalhos, como 100 Hidden People de Santiago Sierra, novos contornos do cotidiano (contornos éticos e estéticos) podem despertar, muito mais relacionados com o estado atual dos meios sociais do que um certo “classicismo” do fazer artístico poderia oferecer.
Conclusão:A construção de um conceito de Documentário-Performance leva a repensar as perspectivas no campo do cinema e das artes visuais no começo de século. Comprova a fusão dos meios de arte, e remete à necessidade da arte de abarcar as transformações do mundo e do homem. |