| A presente pesquisa se insere nos estudos recentes da Linguística de Texto. Adotamos o tratamento dos fenômenos da linguagem a partir de uma perspectiva sócio-interacional (KOCH, 2006, 2008, 2009a, 2009b; CUSTÓDIO FILHO, 2006, 2007). A concepção de língua usada em nosso trabalho é de um sistema real, determinado a partir dos usos em contextos comunicativos (MARCHUSCHI, 2000; KOCH, 2009a, 2009b). Nosso propósito é o de analisar os principais critérios definidores da coerência/coesão pelos quais os professores do ensino médio se orientam no momento em que corrigem os textos de seus alunos. Dessa maneira, coerência e coesão serão vistas como um par indissociável. Assim, explica-se a grafia que aqui adotamos para tais mecanismos textuais com uma barra que os une: “coerência/coesão”. Um dos pontos chave nos estudos recente em Linguística de Texto está sendo as várias discussões acerca do que faz com que um texto seja um texto. Vários foram os estudiosos que se debruçaram nestes estudos e alguns chegaram à conclusão de que é a coerência o fator fundamental da textualidade (BEUGRANDE & DRESSLER, 1983; COSTA VAL, 2006). Dessa maneira, faremos uma análise de como os conceitos de coerência e de coesão são postos na ciência da linguagem a partir da visão de teóricos como Beugrande e Dressler (1981), Koch e Travaglia (2009), Charolles (1978), Costa Val (1996) e Custódio Filho (2003). Proporemos (1) investigar o que os professores do ensino médio e os professores de cursinhos definem como critérios de coerência e de coesão no momento em que corrigem os textos de seus alunos, o que é responsável para a constituição de um outro tipo de norma que não está ligada somente aos aspectos internos do texto, mas aos de ordem discursiva (norma textual-discursiva) e (2) daremos uma espécie de diagnóstico de como os materiais usados pelos professores em sala de aula lidam com a noção de coerência e de coesão,
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