| INTRODUÇÃO: A participação do óxido nítrico (NO) na dor inflamatória não está bem esclarecida e seu papel álgico ou analgésico ainda suscita discussões. No presente trabalho foi objetivo avaliar o papel do óxido nítrico nos efeitos analgésicos e antiinflamatórios da riparina II (ripII), uma substância isolada do fruto não-maduro de Aniba riparia (Nees) Mez (Lauraceae), no teste da formalina em camundongos. MÉTODOS: Camundongos Swiss machos (20-25g), divididos em grupos (n=8) foram tratados com ripII (50 mg/kg; v.o.) e veículo. Para investigar o envolvimento do NO foram utilizados L-NAME (10mg/kg, i.p.), antagonista da NOS, e L-arginina (L-ARG; 150mg/kg, i.p.), substrato para formação de NO. No teste da formalina, o tratamento com as drogas foi realizado 60 minutos antes da administração de 20µL de formalina na pata direita traseira dos camundongos. O parâmetro analisado foi o tempo de lambedura da pata (s) na 1ª fase (analgésica), verificada no tempo 0 a 5 minutos, e na 2ª fase (inflamatória), verificada do tempo 20 a 25 minutos. Os resultados são mostrados como a média ± erro padrão. Na análise estatística dos dados foi utilizado ANOVA seguido por Student-Newman-Keuls, como teste post hoc. RESULTADOS: RipII diminuiu o tempo de lambedura somente na 2ª fase comparado com o respectivo controle [1ªfase: CTRL: 53,43± 5,847; ripII-50: 66,25± 6,466] [2ªfase: CTRL: 16,00± 1,844; ripII-50: 1,750± 0,5901]. Em relação ao NO, a L-ARG impediu o efeito da ripII na 2ª fase [1ªfase: L-ARG + ripII-50: 33,00± 2,375; ripII-50: 66,25± 6,466] [2ªfase: L-ARG + ripII-50: 19,29± 2,347; ripII-50: 1,750± 0,5901]. CONCLUSÕES: A ripII apresenta efeitos analgésicos e antiinflamatórios e parece exercê-los impedindo a formação de NO, já que, a adição de L-ARG reverteu seus efeitos na segunda fase da formalina. Apoio Financeiro: CAPES e CNPq. |