Objetivou-se com esse trabalho verificar os índices de temperatura e umidade (ITU) e seus efeitos sobre o vigor, a motilidade e concentração espermática, além das concentrações de frutose, colesterol e proteínas totais no plasma seminal de coelhos. O experimento foi desenvolvido nas instalações do Setor de Cunicultura/DZ/UFC durante o mês de setembro de 2009. A principal limitação à criação comercial de coelhos em áreas de clima tropical é a suscetibilidade ao estresse por calor, que induz a uma série de alterações fisiológicas que comprometem a reprodução e a produção desses animais. Foram utilizados 20 coelhos da raça Nova Zelândia Branca, com idade e peso médios de 8 meses e 2,80kg, respectivamente. Os animais foram criados em sistema intensivo, alojados individualmente em gaiolas galvanizadas e alimentados com ração comercial. O ITU foi utilizado para medir o índice de estresse térmico em consequência de altas temperaturas no interior da instalação. Os ejaculados foram coletados em vagina artificial em vidro temperado, com auxílio de uma fêmea. Após a coleta o volume de sêmen foi mensurado, e avaliado quanto, ao vigor, a motilidade e a concentração espermática Os parâmetros seminais e bioquímicos foram submetidos a análise de variância. Também foram calculadas as correlações de Person para verificar as relações entre as variáveis. Os valores de ITU aumentaram gradativamente na mesma sequência das coletas, porém, somente na última coleta foi encontrado estresse moderado por calor. O vigor, a motilidade e a concentração espermática foram maiores quando o ITU estava entre 25,5 e 27,4. A motilidade correlacionou-se somente com o vigor. A concentração espermática teve correlacão moderada com o ITU, vigor, motilidade e concentração de frutose. Pode-se concluir que nesse estudo os parâmetros bioquímicos e seminais de coelhos foram afetados pelo ITU, mesmo na ausência de estresse térmico por calor. |