Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

Caracterização da poliquetofauna associada aos pilares do Terminal Portuário do Pecém, São Gonçalo do Amarante, Ceará e do Porto do Mucuripe, Fortaleza, Ceará, Brasil

Área: Ecologia
Orientador: Cristina de Almeida Rocha Barreira
Autor Principal: Lucas Antunes Amorim
Co-Autores: Wilson Franklin Júnior
Diego Feitosa Bezerra
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 11:00  Sala: 04  Local: Didático do CC - Bloco:951, Térreo
Identificação: 2.1.10.003
Resumo:
Terminais portuários adicionam estruturas artificiais ao ambiente marinho propiciando o estabelecimento de organismos epibênticos nativos e espécies exóticas devido à intensa circulação de navios. Este estudo tem como objetivo caracterizar a poliquetofauna associada aos pilares do Terminal Portuário do Pecém. As coletas da macrofauna incrustante no Terminal Portuário do Pecém foram realizadas por meio de mergulho autônomo. Foi utilizado um método destrutivo, com o auxílio de uma marreta, espátula e um quadrado de 15 cm de lado (unidade amostral). A amostragem foi realizada entre 0-5 metros de profundidade, espaçadas em 1 m. Para cada porto foram obtidas 40 amostras, distribuídas equitativamente quanto à profundidade e por face externa e interna do pilar. No presente estudo, foram contados 11930 poliquetas (530222 ind./m2). Não foram observadas diferenças significativas na densidade de poliquetas entre as pronfundidades e faces comparadas [p=0,80, F(4,27)], tendo sido observada um leve tendência ao aumento da densidade a 3 metros de profundidade. Os poliquetas são caracteristicamente habitantes de organismos incrustantes. Assim, embora tenham sido abundantes, a ausência de diferenças significativas na densidade de poliquetas entre as profundidades e faces dos pilares pode ser explicada uma vez que este diferentes organismos constituem-se em microhabitats favoráveis à colonização por poliquetas. Foram identificadas 13 famílias de poliquetas. Os silídeos foram mais abundantes nas amostras à 3 metros de profundidade, e associados principalmente à associados a esponja incrustante Ircinia strobilina. Os poliquetas sabelídeos também se destacaram, e serão estudados separadamente, dando continuidade a esta pesquisa. É provável que exista uma distribuição vertical de outros táxons de poliquetas. Uma análise ao menor nivel taxonômico permitirá a evidenciação destas associações.