| O transplante dental autógeno, também conhecido como auto-transplante, diz respeito à movimentação cirúrgica de um dente autólogo, previamente extraído, para um novo alvéolo, em um mesmo paciente. Esse tipo de tratamento tem demonstrado índices de sucesso de até 92.5% , quando utilizado no restabelecimento de indivíduos jovens com perdas dentais anteriores em maxila. Apresenta-se como uma substituição previsível, com capacidade para adaptação funcional, potencial de indução de formação óssea na região e preservação de um processo alveolar normal. O objetivo desse trabalho foi apresentar esses aspectos em dentes permanentes, através da observação de pacientes atendidos no Centro de trauma buco-dentário (CENTRAU) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Este trabalho é um estudo observacional retrospectivo. Os critérios de inclusão foram: pacientes normo-sistêmicos com avulsão dentária de pelo menos um dente permanente; fichas legíveis e adequadamente preenchidas, com termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis por menores e presença de radiografias periapicais inicial e de controle de 15 dias, um mês, três, seis meses e subsequentes controles anuais. As fichas que não preencheram os critérios de inclusão foram automaticamente excluídas do estudo. Os critérios de retirada estabelecidos foram: desistência do tratamento pelo paciente e/ou responsável, não comparecimento aos exames de controle ou um novo trauma na região investigada. Os pacientes consistiram em seis do gênero masculino e um do gênero feminino. A idade dos pacientes no momento do trauma variou de 130 a 179 meses e no momento do transplante de 113 138 meses. O trauma mais associado às perdas dentais foi a avulsão dentária em 6 pacientes. De acordo com os resultados pode-se observar uma alta taxa de sucesso clínico dos casos acompanhados que tiveram um período mínimo de controle de 10 meses. |