| O presente trabalho busca abordar as tendências centrais da política externa dos dois últimos governantes brasileiros, Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva. Assim, procura-se formular um traçado geral baseado na análise das ações efetivas dos dois em relação aos diversos órgãos e instituições internacionais, como OMC e MERCOSUL e, ainda, a concepção do Brasil como líder regional do movimento de integração econômica sul-americana. A construção das ideias aqui expressas baseia-se em pesquisa bibliográfica bem como em análises críticas das informações expostas pelos principais meios de comunicação. É possível perceber que a atuação brasileira por meio de projetos cooperativos, especialmente com países do Terceiro Mundo, não é desinteressada. Pode-se afirmar que o Brasil apresenta historicamente uma postura central para suas relações em nível internacional. O vetor da diplomacia brasileira orientou-a para a construção de parcerias estratégicas no intuito de promover o país como ator de relevância no sistema internacional. No cerne das discussões acerca da efetividade da política externa brasileira das últimas décadas pode-se afirmar que o projeto da integração regional sul-americana consta como prioridade no plano de promoção internacional do Brasil. Assim, o país dedicou suas forças diplomáticas a recrutar meios de agregar, senão política, pelo menos, economicamente os países da região. Entendemos que a política externa é uma área complexa, visto que é também orientada por interesses econômicos e estratégicos, não se movendo, portanto, apenas em função da democracia e da paz mundial. |