Resumos Aceitos pela PRPPG

III Encontro de Pesquisa

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE INTERVENÇÕES SANITÁRIAS SOBRE A PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM UMA COMUNIDADE CARENTE DE FORTALEZA-CE

Área: Ciências da Saúde
Orientador: Cristina de Souza Chaves
Autor Principal: Maria Aparecida Alves Oliveira
Co-Autores: Antônio Carlos Policarpo Carmo
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 11:00  Sala: 18  Local: Física Bloco:924
Identificação: 2.2.03.013
Resumo:
Nos anos 1990 realizaram-se no Setor de Parasitologia do DPML, inquéritos copro-parasitológicos em famílias de uma comunidade carente de Fortaleza-Ce. Estudos recentes na mesma comunidade mostram nítida modificação na prevalência de enteroparasitoses, no entanto sem identificar a natureza e importância das intervenções ocorridas, que tiveram reflexos no nível de saúde da população. Pretendemos avaliar a prevalência atual de enteroparasitos nesta comunidade e analisar os fatores que contribuíram para promover mudanças na prevalência. Realizaram-se visitas domiciliares no bairro Panamericano, com entrevistas (questionários semi-estruturados) aos responsáveis pelas famílias para obtenção de dados sócios-econômico-sanitários, e coletaram-se amostras fecais das crianças (0 a 12 anos) para realização de exames parasitológicos (EPFs). Estão sendo feitas análises comparativas, através dos mesmos métodos, entre dois períodos: anterior (1992-1995) e posterior (2010) à implementação de intervenções sanitárias. Os resultados já disponíveis são: Em 1992-1995 (n=390), 26,9% dos EPFs negativos e 73,1% positivos com Ascaris lumbricoides- 69,6%, Trichuris thichiura- 57%, Ancilostomídeos- 10%, Strongiloydes stercoralis- 9,6%, Enterobius vermiculares- 3,4%, Hymenolepis nana- 13,2%, Schistosoma mansoni- 0,6%, Giardia lamblia- 30,2%, Entamoeba histolytica- 9,2%, etc; as visitas/entrevistas revelaram perfil sócio-econômico-sanitário favorável à alta prevalência de enteroparasitos. Em 2010 (n=70 até o momento), 91,5% com EPFs negativos e 8,5% positivos com A. lumbricoides- 1,4%, T. trichiura- 2,8%, G. lamblia- 4,2%; o período atual tem menores prevalências e perfil sócio-econômico semelhante ao anterior, exceto no aspecto sanitário. Concluímos que a nítida modificação na prevalência de enteroparasitos reflete melhoras nas condições sanitárias da área e no padrão higiênico da população. Apoio financeiro: CNPq