| O tratamento endodôntico é realizado quando a polpa dental é danificada ao ponto de não conseguir mais se regenerar. A terapia cirúrgica representa a forma mais confiável de se realizar esse tipo de tratamento, porém, em alguns casos é necessário que o cirurgião dentista lance mão de manobras cirúrgicas para complementar o tratamento endodôntico, na qual eles realizam a ressecção de parte da estrutura radicular e utilizam material de preenchimento para criar um selamento apical. Nesse estudo foi feita análise histométrica da cicatrização cavitária da mandíbula de ratos Wistar, após uso de materiais retrobturadores, a saber: Super EBA, Super EBA + AH Plus. Ratos machos pesando entre 300 a 400g de peso vivo foram submetidos a procedimento cirúrgico endodôntico ao nível do 1º molar direito, com broca odontológica (0,2 mm de diâmetro) na mandíbula, seguida do preenchimento com material retrobturador. Foram acompanhados por 14 dias até a eutanásia. Foi monitorado o ganho peso e realizado testes para a medição da inflamação gengival pelo ensaio de mieloperoxidase e western blot para IL-1B e TNF-alfa. A análise da cicatrização óssea foi feita com morfometria da cavidade observada em cortes corados pelo Tricômico de Mallory, H-E e na tomografia computadorizada das mandíbulas. Foi observado um quadro de leucocitose nos grupos Super EBA + AH Plus e Super EBA. Ao corte histológico, identificamos uma reação inflamatória com predomínio de odonto e osteoclastos, e um infiltrado mononuclear, com intensa reabsorção óssea e da raiz dentária. Dentre os grupos avaliados foi observada menor expressão inflamatória no grupo Super EBA + AH Plus, semelhante ao do grupo controle com cirurgia. Concluímos que esse modelo pode ser útil para avaliar a eficácia clínica de materiais retrobturadores em reduzir a perda dentária e óssea. |