| A educação é um direito de todos. As pessoas reclusas ao cárcere também tem o direito de ter a educação garantida e oferecida pelo governo federal. O projeto “Educando para a Liberdade” surgiu como uma tentativa de garantir esse direito. Mas será que as pessoas envolvidas no projeto têm a real noção do que é educação? A forma como gestores, agentes prisionais, técnicos estaduais e professores vêem a educação podem influenciar como eles atuam dentro do projeto. O objetivo dessa investigação é avaliar a forma como esses sujeitos envolvidos no projeto vêem a educação. A metodologia utilizada foi o uso de questionários para a verificação dessas visões. Em face de a natureza da investigação ser avaliativa, o método utilizado é conhecido como método estatístico (CARLOS GIL, 1999). A maioria dos gestores afirmou que uma das características mais marcantes de ensinar e aprender é ser uma atividade de absorção e compartilhamento de conhecimentos (42,1%). Os gestores afirmaram que há uma diferença entre ensinar e educar (87,7%), e que essa diferença para a maioria (32%) seria que ensinar é fazer alguém aprender alguma coisa e educar é transformar quem aprendeu. Vimos também que cerca de 85,4% dos agentes prisionais viam a educação como um direito, e cerca de 14,6% viam como uma concessão. A maioria (85,4%) dos agentes prisionais se vê como educadores. E cerca de 96,9% dos professores vêem a educação como um direito dos reclusos. O projeto “Educando para a Liberdade” atua como uma garantia dos direitos dos reclusos a educação e vimos que a maioria dos envolvidos no projeto vê a educação como um direito. Essa visão é muito relevante para o sucesso do projeto. Agradeço ao CNPq pelo financiamento da minha pesquisa. |