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O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do laser de diodo (?=808 nm com 15, 30 ou 60 J/cm2) na composição química de dentina desmineralizada, monitorar mudanças de temperatura intra-pulpar durante a irradiação e determinar o desgaste ocasionado. Dessa forma, quarenta blocos de dentina radicular humana foram selecionados por microdureza e aleatorizados em quatro grupos (n=10) com dureza similar: G1- sem tratamento (controle), G2– 15 J/cm2, G3– 30 J/cm2 e G4– 60 J/cm2. Metade de cada espécime foi protegida por verniz de ácido resistente, e a outra metade foi tratada de acordo com o grupo e exposta a um desafio erosivo (ácido hidroclorídrico 1 M por 5 minutos). Posteriormente, a taxa de desgaste foi quantificada por perfilometria de superfície e examinada por microscópio eletrônico de varredura (MEV), acoplado a um detector de dispersão de energia de raio-X (EDX). Adicionalmente, a temperatura intra-pulpar foi avaliada durante a irradiação. Os dados obtidos foram submetidos à ANOVA one-way e teste de Tukey (p<0.05). Para todos os grupos irradiados, a mudança temperatura intra-pulpar foi abaixo de 3°C e o grupo G2 diferiu significantemente dos outros por apresentar menor alteração de temperatura. A análise quantitativa dos elementos – EDX não apresentou diferença (p<0.05) para Ca, P, F ou C entre os grupos após irradiação/erosão. A taxa de desgaste (?m) observada para cada grupo foi: G1: 35.66±7.28; G2: 40.70 ± 5.03; G3: 38.17 ± 10.81 e G4: 25.25 ± 6.87, sendo que o G4 diferiu estatisticamente de todos os outros grupos. Portanto, os resultados sugerem que a irradiação dentinária com laser de diodo operando com 60 J/cm2 pode induzir a efeito inibitório na desmineralização de dentina radicular sem causar nenhum efeito térmico prejudicial. Contudo, o mecanismo de ação ainda não está esclarecido.
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