Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

ANÁLISE DA ESTRUTURA CORNEANA POR MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA

Área: Astronomia,Física
Orientador: Jeanlex Soares de Sousa
Autor Principal: Antonio Vinnie dos Santos Silva
Co-Autores:
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 08:00  Sala: 07  Local: Didático do CC - Bloco:951, 1º andar
Identificação: 2.1.02.008
Resumo:
O olho é um sistema biológico peculiarmente complexo, que funciona de forma sincronizada. A córnea é um importante elemento nesse sistema e é ela que estudaremos. O tecido corneano é avascular, localizado na parte frontal do globo ocular. É composto por quatro camadas: epitélio, estroma, membrana de Descemet e endotélio. Dessas, o estroma é a camada mais espessa, ocupando cerca de 90% da estrutura do tecido. A córnea é a principal superfície refrativa, sendo, juntamente com a esclera, a camada mais externa e resistente. A estrutura corneana trata-se de um tecido composto por fibras de colágeno. Essas fibras estão dispostas de tal forma a manter a uniformidade do tecido. Esse arranjo é importante para uma boa refração da luz, proporcionando à retina uma boa captação dos raios. À córnea está relacionada uma anomalia conhecida como ceratocone. De forma simplificada, o ceratocone é uma distrofia ectásica caracterizada pelo afilamento e protusão da córnea central e/ou paracentral, que progressivamente assume a forma cônica. A aparente participação de diversos fatores no desenvolvimento do ceratocone, tais como distúrbios endócrinos ou trauma crônico, como coçar os olhos, o que ocorre em pacientes alérgicos, pode sugerir que possa haver uma deficiência nos fatores de amarração das lamelas corneanas ou uma mudança na disposição de tais lamelas. A curvatura excessiva do tecido resulta no astigmatismo. Esse encurvamento provoca um erro refrativo (e portanto da principal função da córnea). Neste trabalho apresentaremos imagens da organização da estrutura, além de dados a respeito das fibras. Para isso utilizaremos o Microscópio de Força Atômica (AFM), equipamento capaz de, além das imagens, fornecer informações de elasticidade, bem como de viscoelasciticidade. No entanto, nos deteremos a priori à análise morfológica, uma vez que é preciso um aperfeiçoamento maior da técnica para que se obtenha os outros dados.