Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

JOSÉ DE ALENCAR: ESCRAVOCRATA OU HOMEM INCOMPREENDIDO?

Área: Letras,Lingüística
Orientador: Marcelo Almeida Peloggio
Autor Principal: Nathan Matos Magalhães
Co-Autores:
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 16:40  Sala: 09  Local: Didático do CC - Bloco:951, 1º andar
Identificação: 2.1.23.017
Resumo:
Trataremos de um estudo sobre a visão que José de Alencar tinha acerca da emancipação dos escravos no Brasil, a partir das cartas redigidas ao imperador, chamadas de Ao imperador: novas cartas políticas de Erasmo. Constituída de sete cartas, essa obra encerra o ciclo de textos sobre política, economia e escravidão que José de Alencar redigiu sob o pseudônimo de Erasmo entre 1865 e 1868. O principal assunto das cartas é a defesa do sistema escravista no Brasil que estão mais delineadas nas Cartas II, III e IV. Temos por objetivo tentar esclarecer como Alencar entendia o processo da libertação dos escravos, não nos atendo se ele era a favor ou contra a abolição. Num primeiro momento, partimos para a leitura de dois romances e duas peças escritas por Alencar, respectivamente: O tronco do ipê, Til, Mãe e O demônio familiar, pois acreditamos ser de fundamental importância para o conteúdo que aqui será tratado, tendo em vista que nessas obras o negro é personagem principal. Dentre os teóricos que nos serviram de base para nossas considerações sobre Alencar, apoiamo-nos em críticos como Arthur Motta e Raimundo de Menezes, destacando Luiz Fernando Valente como um dos que melhor entenderam a visão que Alencar possuía quanto à forma de instituição que foi dada à escravidão. Analisamos, também, as principais ideias defendidas pelo autor nas cartas e em seguida demos início à leitura de seus Perfis Parlamentares, para que assim fizéssemos uma comparação do que foi escrito por ele nas cartas e defendido em plenária. Alencar tinha uma grande visão sobre o todo, sustinha a crença de que o escravo precisava ter uma consciência do que é ser livre. Preocupava-se com as questões sociais e econômicas que iriam suster o povo liberto. Admitia ser um malefício para a sociedade a extinção instantânea da escravidão, mas não porque fosse a favor da escravidão e sim por receio de como esse povo liberto seria tratado pela sociedade.