| A busca por fontes renováveis alternativas à petroquímica é hoje um sério problema que não só o Brasil, mas todo o planeta tenta superar.A alteração da matriz energética pela utilização de fontes renováveis representa um grande avanço para a economia e o meio ambiente.Uma dessas vertentes tornou-se conhecida como Química Verde ou Química Sustentável.Neste aspecto, o presente trabalho ilustra resultados pertinentes a obtenção de uma meso-porfirina derivada do Líquido da Casca da Castanha de Caju (LCC), subproduto derivado do agronegócio do caju, abundante em toda região Nordeste do país.Devido ao arranjo espacial privilegiado torna-se perfeita para a coordenação de metais dando origem as metaloporfirinas. A obtenção dessas espécies seguido da obtenção e desenvolvimento de filmes poliméricos estáveis, com potencial aplicação como biossensores, também compõe os objetivos desse trabalho.A macromolécula sofreu um processo de metalação utilizando o Cobalto (II) como centro metálico. Foram realizados voltamogramas cíclicos da porfirina de base livre e da porfirina metalada utilizando eletrodo de ouro, em meio de diclorometano e PTBA 0,1 mol.L-1, obtido a 100 mV. s-1.Estudou-se o comportamento eletroquímico dos filmes formados em presença de ácido úrico em meio aquoso de Na2SO4 0,5 mol L-1. O filme formado pela porfirina de cobalto (II) apresentou um sinal de corrente seis vezes maior para este processo em relação ao filme de porfirina de base livre. Devido a este fato,obteve-se o voltamograma cíclico utilizando o eletrodo de ouro modificado com a porfirina de cobalto (II) na detecção de ácido úrico.Observou-se um notável aumento na corrente com o aumento na concentração do analito,mostrando a obtenção de um biossensor para ácido úrico.A eletropolimerização das macromoléculas foi bem sucedida e pesquisas estão sendo realizadas na obtenção de novos materiais com aplicações em sensoriamento molecular. |