Salinidade e temperatura elevada são estresses abióticos comumente relacionados com a indução de estresse oxidativo em plantas. Estudos recentes têm mostrado que as respostas metabólicas atribuídas aos efeitos combinados dos estresses salino e de calor são únicas, não podendo ser obtidas com base nas respostas induzidas pelos efeitos isolados desses estresses. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar as mudanças fisiológicas e mecanismos de proteção contra danos oxidativos em folhas de pinhão manso submetidas aos estresses salino e de alta temperatura. Para tal, plantas de pinhão manso (Jatropha curcas L.) com 23 dias de idade foram submetidas ao tratamento salino com a adição de 100 mM de NaCl por cinco dias, totalizando dois tratamentos (sem NaCl-referência e sal). No sexto dia, as plantas foram submetidas ao estresse de calor com a elevação gradual da temperatura até 43ºC, onde dois novos tratamentos foram implantados, calor e sal+calor. Tanto a salinidade quanto o calor causaram danos significativos na integridade de membrana foliar e na peroxidação de lipídios, sendo que a combinação dos estresses aumentou, fortemente, estes distúrbios fisiológicos. A taxa de assimilação de CO2 foliar, a condutância estomática e o índice instantâneo de carboxilação foram reduzidos, significativamente, em todas as plantas submetidas às condições estressantes quando comparadas às não estressadas (referência). Por outro lado, as atividades das enzimas (APX, SOD e CAT) foram estimuladas, praticamente, em todas as plantas tratadas em comparação às de referência. Em virtude disso, os conteúdos de peróxido de hidrogênio permaneceram no nível das referências em todas as plantas estressadas. Os resultados indicam que plantas de pinhão manso apresentam uma série de respostas fisiológicas e de proteção contra danos oxidativos aos estresses de sal, calor e sal+calor. |