Resumos Aceitos pela PRPPG

III Encontro de Pesquisa

DERMATITE ALÉRGICA DE CONTATO A RIFAMICINA: RELATO DE CASO

Área: Ciências da Saúde
Orientador: Aparecida Tiemi Nagao Dias
Autor Principal: Fabrícia Martins Teixeira
Co-Autores: Luciana Mabel Ferreira Vasconcelos
Tatiane da Silva Araújo
Larissa Bomfim Chagas
Thereza Lúcia Prata de Almeida
Aparecida Tiemi Nagao-Dias
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 10:40  Sala: 18  Local: Física Bloco:924
Identificação: 2.2.03.008
Resumo:
Rifamicina e rifampicina são antibióticos de amplo espectro e de estruturas químicas semelhantes. A rifamicina é amplamente utilizada para o tratamento de feridas infectadas ou para a prevenção de sepse local. As reações alérgicas a rifamicina são consideradas raras, com poucos casos de dermatite alérgica de contato relatados. Realizar investigação laboratorial de farmacodermia em pacientes atendidos no ambulatório de Dermatologia no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC-UFC) que apresentaram reações cutâneas após exposição a fármacos. O acompanhamento clínico-laboratorial do paciente ocorreu através de entrevistas e de coleta de dados em prontuários. Foi realizado teste epicutâneo no paciente com rifampicina diluída a 30% em vaselina. O projeto foi aprovado pelo Comitê de ética do HUWC no dia 28/04/2008, processo 011.03.08. Paciente, 70 anos, sexo masculino, sem história prévia de alergia, foi acometido por um quadro de pneumonia e empiema. O raio X de tórax evidenciou derrame pleural em HTE, e o paciente foi submetido a uma pleurostomia. Após a cirurgia, o paciente fez uso tópico de rifamicina na lesão cirúrgica durante dois meses, quando apresentou eritema pruriginoso na área de instilação. Considerou-se como hipótese diagnóstica dermatite de contato a rifamicina. A reação desapareceu em consequência da descontinuidade da droga. O patch test foi positivo (+) para rifampicina com leitura tardia de 48 horas, com formação de pápula eritematosa e prurido no local da aplicação, confirmando reação alérgica do tipo IV ao respectivo fármaco. A positividade à rifampicina se deve à reatividade cruzada entre esta droga e a rifamicina, conforme já referido na literatura. Embora os testes epicutâneos não estejam frequentemente na rotina clínica, sua viabilização é fundamental em muitos casos que necessitam de investigação laboratorial para confirmação diagnóstica de farmacodermia. Apoio: Funcap, Capes