| O Brasil é líder em fornecimento gratuito da terapia anti-retroviral para todos os brasileiros portadores do HIV. Porém, o número de testes realizados no país não acompanha o sucesso das políticas de acesso universal ao tratamento. Tentar compreender as motivações para realizar o teste anti-HIV na população de Fortaleza é importante para se pensar estratégias de saúde que possam contribuir para a prevenção em relação ao HIV/aids. Objetivo: compreender os conhecimentos da população de Fortaleza em relação ao teste anti-hiv e à terapia anti-retroviral. Método: Pesquisa qualitativa baseada na avaliação rápida antropológica (rapid anthropological assesment - RAA). Realizaram-se trinta entrevistas semi-estruturadas com a população de Fortaleza acima de 18 anos. Os participantes assinaram termo de consentimento esclarecido anuindo sua participação no estudo. Após a leitura das entrevistas, construíram-se categorias referentes às perguntas relacionadas ao teste anti-hiv e ao tratamento anti-retroviral, contidas no formulário. Resultados: 1) Conhecimento sobre medicamentos – categorias:Prolongamento da vida, Acessibilidade, Efeitos colaterais, Apenas tratam, não curam; 2) Existência do medicamento e interferência na realização do teste – categorias: Interfere/tratamento precoce; Não interfere/independe do remédio; Não interfere/autocuidado; 3) Motivação para realizar o teste- Categorias: autocuidado; conhecimento do status, tratamento; estigma; sentimentos aversivos e 4) Conhecimento sobre o teste anti-hiv – Categorias: Via do teste, Conhecimentos do processo pré e pós teste, Acessibilidade e Desconhecimento. Conclusão: É necessária a difusão das informações corretas sobre teste anti-hiv e terapia anti-retroviral para toda a população de Fortaleza, a fim de diminuir o preconceito em relação ao HIV e aumentar a motivação das pessoas à testagem e ao tratamento. |