| A utilização de lambedores comprados em lojas de produtos naturais é uma prática bastante freqüente, principalmente pelos nordestinos, baseado na medicina popular e na indicação “boca a boca”. O presente estudo tem como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana de 14 lambedores. O método da difusão em meio sólido foi utilizado para avaliar o potencial antimicrobiano dos lambedores, em diferentes concentrações (Concentrado, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32, 1/64 e 1/128). Todas as análises foram feitas em duplicata e testadas sobre cinco cepas microbianas provenientes da American Type Culture Colection (ATCC) (Staphylococcus aureus ATCC 6538P, Escherichia coli ATCC 10536, Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027, Salmonella choleraesuis ATCC 10708 e Canida albicans ATCC 10231. Como controle positivos (inibição do crescimento microbiano) foram utilizados Amicacina 1,2mg/mL e Cetoconazol 2mg/mL para bactérias e Itraconazol 2mg/mL para C. albicans. A água foi utilizada como diluente e controle negativo para todas as análises. Todas as amostras analisadas apresentaram alguma atividade antimicrobiana, sendo três (21,4%) eficazes contra dois microrganismos, quatro (28,6%) contra três microrganismos, e sete (50,0%) amostras contra quatro cepas. Entre as cepas testadas, a E. coli foi a que apresentou maior sensibilidade, sendo inibida por todas as amostras analisadas. A levedura C. albicans foi a única cepa resistente a todos os lambedores. Como esses lambedores são preparados a partir de diversos componentes, e não apenas com o composto que determina seu nome fantasia de comercialização, não é possível associar este à ação bactericida, já que outros componentes presentes também possuem registro de atividade antimicrobiana.
Apoio Financeiro: UFC, CNPq. |